2.2.07

Faço baloiçar o meu olhar como se estivesse ao ritmo da música que passa na rádio.
Explode o vulcão que em mim trago. Aquele que me faz parecer uma pessoa que não sou.
Não te “atires” dessa forma, não me faças perder nos teus lábios, nem tão pouco me faças contrair o coração acelerado como se tivesse bebido de um líquido energético de uma qualquer lata.
Afinal o que sou eu para ti? Eu beijo-te a cara com sensações irreais.
Sempre a mesma chuva, sempre o mesmo vale de prédios amontoados mas um sentimento especial… não é usual, algo mudou.
Eu vim do nada e não sou nenhum milagre. Quero ser apenas uma canção, numa outra rua que não a minha, e, ter-te a ler uma história em surdina.
Ouço estes acordes da guitarra, imperceptíveis a muitos ouvidos desatentos. Amarro-me a clichés de um puto mimado e em cima de um palco imaginário danço só para ti.
Isto tem que parar. Estou embalado por uma música que não é a minha. Talvez louco, talvez maluco. A música ainda não parou e o eco transcende-me o pedido. Dá-me o resto dos lençóis e deixa-me aquecer te com o toque, cheirar o teu perfume e deixar de te ter pela fotografia!
Agora, olha-te ao espelho e vê se me vês… nem que seja perto do chão, num acorde que não é o teu, sempre à média luz.
Agora tem que parar ou…
Levas-me contigo?

1 Comments:

Blogger Vera Cruz said...

Louco? Não! Apenas alguém que ama e que deseja ser amado (e talvez já o seja sem saber).
És especial...

11:47 da tarde  

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