26.2.07

Para ti mano

Hoje deitei-me à hora de acordar para a missa primeira.
Vi o canteiro com a orvalhada de manhã e pensei na pequena flor que de lá brotava, como se me estivesse a desejar bom dia.
Subi para o meu regaço com o tal dardo espetado no sítio a que chama coração, aquele que falavas. Esse sangrava, de tal maneira que parecia os meus olhos quando choram à beira mar.
Já me sentei Jorge, na areia fria, refugiando-me na única solução dada pelo médico. Sabes, o sol não brilhava, estava cinzento o céu e o meu pensamento também estava enevoado.
Agora que me deito no meu leito, o tal que sempre foi meu, sorrio por ter tido oportunidade de uma vez mais me sentir perto de uma estrela e ao mesmo tempo tão terrestre tentando decifrar a palavra amor...
Com o tal dardo a fazer-me sangrar pelo menos sinto-me vivo.
Tenho orgulho!